Mar infinito d'águas salgadas
Pessoas que correm no teu encalço
Perdidas num movimento em falso
No sal das lágrimas derramadas
Pão de famílias esfomeadas
De quem na vida se encontra descalço
Sempre num inevitável precalço
Mar belo de vidas desencontradas
Ondas que vão batendo nos rochedos
Solitárias como quem assiste
Voltando depois ao mar dos enredos
Volta e traz tudo com que partiste
Não! Vai, leva contigo os segredos
De gente que como eu te viu triste