Saturday, March 12, 2005

RHS - 12-MAR-2005

As pedras da calçada voadoras
Descalças e desgastadas sem pressa
Como a multidão que a atravessa
Pesadas pisadas desvastadoras

Pedrinhas com almas enganadoras
Embora juntinhas tão sós na peça
Tal como eu sempre sozinho nessa
Teia de multidões não sonhadoras

Teremos sempre uma almofada
Um bloco, um papel, uma caneta
Confidentes de uma vida errada

Seria tão bom ter uma muleta
Apoiar-me por tudo e por nada
Dar-me a mão para sair da sarjeta

1 comment:

Anonymous said...

teria algum sentido a vida se tivessemos sempre algo em que nos apoiar? ;)

flor do sonho